quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A grande dádiva…





Uma pessoa tem que começar não amando a si mesma...porque você não sabe quem você é. Quem você vai amar? Se você começar por amar a si mesmo, você amará apenas o seu ego, que não é o seu eu, que é a sua personalidade falsa. E quase todos amam suas personalidades, todos amam seus egos.
Sim, eu gostaria que você amasse a si mesmo, porque a menos que você ame a si mesmo não poderá amar ninguém mais. Você não sabe o que é o amor se você não amar a si mesmo. Mas antes que você possa amar a si mesmo você tem que conhecer a si mesmo. Por isso amar é secundário, a meditação é principal.
E o milagre é que, se você meditar e lentamente sair do seu ego e sair da sua personalidade e conhecer o seu eu verdadeiro, o amor virá por si mesmo. Você não tem que fazer nada, é um florescimento espontâneo. Mas ele floresce apenas num certo clima, e esse clima eu chamo de meditação. No clima da não-mente, de nenhuma perturbação interiormente, de absoluta clareza, paz e silêncio, de repente você verá que milhares de flores se abriram dentro de você. E a fragrância delas é amor.
Naturalmente, primeiro você amará a si mesmo, porque esse será o seu primeiro encontro. Primeiro você ficará consciente da fragrância que está surgindo em você e da luz que nasceu em você e da bênção que está banhando você. Então amar se tornará a sua natureza. Você amará muitos, você amará todos.
Na verdade, o que conhecemos em nossa ignorância é um relacionamento, e o que conhecemos em nossa consciência não é mais um relacionamento. Não é que eu ame você; é que eu sou amor. Você tem que entender a diferença.
Quando você diz: "Eu amo você", e os outros? E a existência toda?
Quanto mais estreito for o seu amor, mais pressionado será. Sua asas são cortadas; não pode voar ao céu em direcção ao Sol. Não tem liberdade; ele quase está numa gaiola dourada. A gaiola é linda, mas dentro da gaiola o pássaro não é o mesmo pássaro que você vê no céu abrindo as asas.
O amor tem que tornar-se não um relacionamento, não um estreitamento, mas um alargamento. O amor tem que tornar-se sua própria qualidade, o seu próprio carácter, o seu próprio ser, a sua radiância. Assim como o Sol não irradia luz para alguém em especial, sem endereço, a meditação irradia amor sem endereço. Obviamente, primeiro ele é sentido dentro de si mesmo, para si mesmo, e então começa a irradiar por todos os lados. Então você não só ama os seres humanos; você ama as árvores, ama os pássaros, você simplesmente ama - você é amor.
Você está perguntando: "O que significa amar a si mesmo?"
Significa meditação. Significa ser você mesmo, a natureza trará o amor como recompensa.

OSHO
CARPE DIEM

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