terça-feira, 13 de abril de 2010

A tomada de consciência...





O estar constantemente a lembrar episódios traumáticos é uma espécie de veneno que a maioria das pessoas toma sem se aperceberem…, uma espécie de erva daninha que intoxica por completo o espírito…mas se repararmos na maioria é um facto no dia a dia,aliás,as pessoas até parecem que gostam de sofrer pois estão sempre a falar deles,nas conversas rotineiras…é o tempo que está mau…a crise…as notícias da t.v.,tudo é motivo para sofrer… todos manifestamos uma repulsa ao sofrimento, entretanto, se observarmos cuidadosamente nosso próprio interior, poderemos perceber o quanto nos identificamos com essa energia, o quanto ela acaba se tornando familiar, e o quanto nos ligamos a ela, embora a rejeitemos ao nível da razão.A maioria das pessoas se enfurece quando ouvem dizer que seu sofrimento é ilusório e causado por suas próprias mentes. Elas não aceitam o facto de que o sofrimento é resultado de um processo de identificação com padrões e crenças tão presas a elas que pensam que fazem parte delas.A inconsciência é o que torna a energia do sofrimento tão forte e poderosa. Uma vez conscientes do processo, ele se enfraquece, visto que ninguém desejaria conscientemente continuar sofrendo,só que a maioria está em «estado de coma»…a chave para se libertarem é a consciência do quanto se identificam com o papel de vítimas e responsabilizam o mundo exterior e as outras pessoas pelo seu sofrimento. A consciência é o primeiro passo, porém precisamos ficar permanentemente alertas para não cair nas armadilhas que o ego nos prepara para que voltemos a identificar com o sofrimento.Tomar consciência não significa lutar contra o sofrimento. A luta só gera mais sofrimento. O importante é observarmos os nossos padrões interiores, as emoções que se relacionam com o estado de sofrimento e como elas são geradas.Quando não realizamos este trabalho interior tendemos a passar a vida de modo inconsciente. Todas as vezes que a vida nos apresentar um grande desafio ou uma grande dor, se estivermos na energia da inconsciência, tenderemos a reagir de maneira ainda mais inconsciente.
Portanto, é nos momentos em que a vida transcorre de modo relativamente tranquilo, que devemos abandonar nossa identificação com os padrões mentais negativos. A vida em padrões inconscientes é o que está por trás dos conflitos, guerras e violências que assistimos ao mundo actual. A energia da negatividade é contagiosa, ela detona e alimenta a negatividade latente naqueles que se encontram no mesmo padrão.
Cada um de nós, individualmente, tem sua parcela de responsabilidade na manutenção de nosso espaço interior, e da qualidade de energia que emanamos para o mundo exterior.
A chave para a libertação é nos desprendermos do passado, deixarmos de alimentar os padrões de sofrimento aos quais nos agarramos e nos focarmos apenas no momento presente, pois é ele que nos permitirá construir o futuro que desejamos.
A aceitação plena do que somos e do que temos hoje e a gratidão pelo que já conquistamos, são o primeiro passo para que o crescimento interior e para que a prosperidade se amplie em nossa vida.
Muitas pessoas precisam vivenciar uma grande carga de sofrimento antes de abandonar a resistência à realidade do momento e aceitar aquilo que não pode ser mudado. A aceitação promove o despertar da consciência do Ser, a transformação do sofrimento e paz interior.
Nada de bom pode ser construído a partir do medo, da raiva, da revolta, da ganância e do desejo de dominar o outro. Todos estes sentimentos surgem do lado obscuro do nosso ser, o ego, que teme ser destruído se não for permanentemente alimentado por nossas energias negativas.Cabe a nós decidirmos se vamos mudar nosso interior agora, ou se continuaremos adiando a possibilidade de alcançar a paz interior para um futuro que pode nunca chegar…


CARPE DIEM

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