terça-feira, 11 de maio de 2010

Despertar...




A iluminação não é só o fim do sofrimento e do contínuo conflito interno e externo, mas também o fim da horrível escravidão do pensamento incessante. Que incrível libertação…Identificar-se com a sua mente gera uma cortina opaca de conceitos, etiquetas, imagens, palavras, julgamentos e definições que impedem toda relação verdadeira. A cortina se interpõe entre você e você mesmo, entre você e os demais homens e mulheres, entre você e a natureza, entre você e Deus.
A mente é um instrumento soberbo se a usamos correctamente.Se a usamos de forma incorrecta, entretanto, se torna muito destrutiva.Para ser mais preciso, não se trata tanto de que você use sua mente de modo incorrecto - em geral você não a usa para nada -. Ela é que usa você. Essa é a enfermidade.Você acredita que você é a sua mente.Esse é o delírio.O instrumento se apropriou de você. Inconscientemente, você se identificou com ela, de modo que nem sequer se dá conta de que é seu escravo. É quase como se fosse possuído sem se dar conta… você acredita que a entidade que se apoderou de você é você mesmo.
A liberdade se inicia a partir do momento em que você se der conta de que não é essa entidade que tomou posse de você - o pensador .Saber isto lhe permite observar a entidade.Você apenas começa a observar o pensador, começa a activar-se um nível mais alto de consciência. Você começa então a dar-se conta de que há um enorme âmbito de inteligência mais além do pensamento, e que esse pensamento é só um diminuto aspecto dessa inteligência.Também você se dá conta de que todas as coisas que realmente importam -a beleza, o amor, a criatividade, a alegria, a paz interior- tem sua origem mais além da mente.
Você começa a despertar.

ECKHART TOLLE


CARPE DIEM

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