domingo, 14 de junho de 2009

TRANSFORMAÇÃO:





A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos. Mas, para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos ela está com as unhas compridas e flexíveis e não consegue agarrar mais as suas presas, das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontadas conta o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas e voar já fica difícil.Então, a águia só tem duas alternativas: morrer...ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher num ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico numa parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas.E só após cinco meses, sai para o famoso vôo da renovação, para viver então mais 30 anos.
A vitória é para os que tem coragem e não sentem pena de si mesmos! Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitórias, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causam dor.
Tal como a águia o homem ao longo da vida precisa de se modificar para se adaptar. Por vezes recusa-se a tal, só quando a dor é muito grande é que se predispõe a este processo. E aí descobre que a dor da mudança é menor que a dor de não fazer nada...Quando começa o processo da mudança, podemos ver a transformação nos planos físico, mental, emocional e moral. À medida que progredimos, somos capazes de permanecer serenos e continuar com nosso trabalho mesmo quando o corpo está doente, porque somos capazes de dissociar-nos do corpo. Mais adiante, percebemos que temos maior controle dos nossos pensamentos e emoções. Há menos necessidade de depender dos outros. O antigo desejo por novidades e sensações é lentamente substituído pela satisfação da paz. Podemos descobrir que perdoamos mais e temos mais compaixão, e que aceitamos mais facilmente as pessoas e as circunstâncias. Há uma transição gradual no sentido de estarmos menos centrados em nós mesmos. Passamos a ser mais solidários e altruístas, e isso forma a essência do verdadeiro progresso.Talvez durante um longo tempo não haja quaisquer sinais visíveis do nosso progresso. Mas o importante nesta jornada não é o quanto nós progredimos. O importante é em que direcção estamos avançando. Há certos factos que indicam se estamos mudando e crescendo, e se estamos na direcção certa. Certas experiências e intuições são comuns a todos os aspirantes espirituais.Pessoas diferentes têm modos diferentes de progredir. Cada um abre para si mesmo um caminho único. O processo não ocorre como se alguém avançasse por um caminho lamacento, deixando detrás de si pegadas inconfundíveis que os outros podem seguir para alcançar a meta. Cada ser humano é único, e embora haja certas experiências básicas pelas quais todos têm de passar, os passos exactos e o ritmo de crescimento não são os mesmos.

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