terça-feira, 30 de junho de 2009

ENCONTRO COM A LUZ...








Uma porta aberta para todos os caminhos que levam a ser quem somos…muitos já estão neste caminho denominado de expansão espiritual de conhecimento . Para muitos a transição é um desejo desesperado de escapar desta realidade de discórdia, de violência, de monotonia, de dor, de angústia e de medo. A verdade é que o desejo de escapar não traz a transformação. Enquanto a nossa vida estiver invadida de desonestidades e manipulações e todo o tipo de dependências as trevas continuarão instaladas, pois o espírito só desperta perante a consciência, a honestidade e a responsabilidade. É quando estamos nesse espaço, que isto ocorre naturalmente .Quando não for desta maneira, parem e tratem do que está ocorrendo, com o sentimento... para criar a transformação. Isto é quem vocês são … é no sentimento que acontece a transformação. Quando mudamos as percepções , também mudamos a realidade.
Certo dia, um chinês chamado Lailai tomou uma resolução: iria dedicar sua vida à meditação. Decidiu ingressar num mosteiro no alto de uma grande montanha, com objetivo de encontrar a iluminação espiritual.
Viajou muitos dias e, ao chegar em frente ao portão principal do mosteiro, encontrou aquele que seria o seu mestre. Lailai foi recebido com muito amor pelos monges que há muitos anos viviam por lá. E dizia a todos:
- Vim para buscar minha luz espiritual.
Passados alguns anos, o monge Lailai começou a ficar descontente com a sua situação, pois não conseguia encontrar o caminho da luz. Procurou o mestre e disse-lhe:
- Amado mestre, ensinaste muitas coisas belas e importantes nesta minha caminhada, mas ainda não consegui alcançar a iluminação em minha vida. Quero desistir da vida de monge e voltar para a minha aldeia.
E o mestre respondeu:
- Tudo bem, Lailai. Já que você está desistindo desta vida de meditação, quero lhe acompanhar na descida da montanha. Amanhã, às 4 horas da manhã, estarei esperando no portão principal do mosteiro.
No horário marcado, Lailai encontrou o seu mestre. Ao sair do mosteiro, este perguntou a Lailai:
- Querido filho, o que estás vendo neste momento?
Respondeu Lailai.
- Mestre, vejo o orvalho da madrugada, o cheiro das flores, o céu estrelado e uma lua maravilhosa.
Continuaram descendo a montanha. Passada uma hora de caminhada, o mestre pergunta:
- E nesta parte da montanha, o que está vendo?
Respondeu Lailai:
- Vejo os primeiros raios de sol, escuto o canto dos pássaros e sinto a doce brisa da manhã penetrando em todo o meu ser.
E assim continuavam a descer a grande montanha. Passadas algumas horas, o mestre voltou com a mesma pergunta, e Lailai assim respondeu:
- Mestre, neste trecho da montanha sinto o calor do sol, o som do riacho, o orvalho evaporando e os animais silvestres em harmonia com toda a natureza.
Seguiram a caminhada. Chegaram ao pé da montanha ao meio-dia. E mais uma vez, o mestre fez a mesma pergunta, e Lailai respondeu:
- Mestre, vejo como a montanha é bela, as árvores da floresta, o riacho doce que circunda o vale, o camponês cuidando da plantação de arroz. Vejo também uma criança feliz brincando com o seus amigos.
Então o mestre lhe falou:
- Agora você já poderá voltar para o mosteiro.
Espantado, Lailai perguntou qual seria a razão da volta ao mosteiro.
Respondeu o mestre:
- Porque você já encontrou a Luz.
- Como assim?
- Muito simples. Em cada etapa da descida da montanha você percebeu a importância de cada detalhe da natureza, compreendendo os seus sons, seus odores, suas imagens, suas cores e sua vida. Assim é que devemos ver e interpretar esta longa caminhada. A isto tudo, nós chamamos de iluminação espiritual.
A cada degrau da vida, veja a beleza que ela oferece. Encontrar em cada pequeno detalhe da vida, um significado divino. Além de reavivar a chama interior, expandiremos nossa luz para todos.
Fazer a luz explodir de si mesmo implica compreender quem somos e o que estamos fazendo aqui dentro desta coisa chamada de “nosso corpo”, neste lugar chamado “Terra”, e neste momento da nossa vida.
Temos o poder de fazer contacto com a inteligência organizativa e de criar uma vida de alegria. Podemos conhecer essa inteligência divina que faz parte de nós, e se o sistema é inteligente, e essa inteligência é invisível, e a nossa presença aqui é uma parte dessa inteligência, precisamos apenas de olhar para a parte de nós que é invisível. É preciso olhar para dentro, para quem somos e o porquê de estarmos aqui, em vez de olharmos para fora, para o mundo físico e as coisas nele contidas.
Conhecer o “Eu” espiritual ou o Mestre Interior, é a nossa busca sagrada, o nosso desafio vital.
O estado a que chamamos “iluminação” é uma experiência única para cada ser humano…
Como borboletas que seguem em direcção à Luz, que cada um de nós saiba abandonar os antigos casulos e voar em direcção ao brilho da vida...







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