quarta-feira, 10 de junho de 2009

VIVER NO AGORA




Aalooôõo… Estás acordado?

Quantos de nós vivemos meio vegetais perdidos nos emaranhados do espaço-tempo? Quantos somam os que ainda não despertaram? A maior parte vive de recordações ou de sonhos. Quantos de nós vivemos no real? Será que tu também és daqueles que vive no passado? Lembrando as derrotas e os fracassos como se fossem as cicatrizas da guerra que faz o teu Eu! Revivendo as vitórias de outrora como se isso fosse o teu melhor!
Ou projectando no futuro a paz e o conforto como se ainda faltasse qualquer coisa para lá chegar: “Quando eu conseguir isto ou aquilo, então ficarei bem! Quando tiver a minha casa, ou o meu carro, aí vou conseguir, porque já terei condições”.
Que erro colossal!
o Ego cria um mundo ilusório, baseado nas experiências da vida mas vistas pelo lado negativo,acontece ‘quando estamos distraídos, como quando uma tarefa rotineira permite ligar um certo ‘piloto automático e deixa que o Ego use os corpos a que não estamos atentos. Por exemplo quando conduzimos e estamos com ‘a mente longe’, ou temos gestos involuntários e aparentemente contrários ao que queríamos fazer. Diz-se nestes casos que ‘os corpos não estão alinhados’ em termos de presença. Eu explico melhor: Se estiveres a descascar batatas há duas horas, a certa altura (se não estiveres completamente presente no Agora) é natural que o teu corpo emocional comece a dizer «estou um bocado farto disto…». Ao mesmo tempo o teu corpo mental, que já estava a pensar ‘na morte da bezerra’ há cerca de uma hora, é chamado a decidir o que pensar daquela emoção. Durante estes segundos (ou horas, não interessa realmente) o teu corpo físico esteve sempre fielmente a cortar as batatas. Como se compreende, cada corpo energético está para seu lado em vez de estarem em uníssono no Aqui e Agora.
Se já tentaste livrar-te de um vício ou mau-hábito, sabes o que é dizer “Amanhã é que vai ser! Amanhã começo mesmo! A sério!” ou -pior ainda- “Sempre fui assim… Jamais me vou endireitar…”. Até ao dia em que uma ‘voz’ no fundo de ti diz: “Porque não paras já?! Porque não começas agora?! Tu queres a Paz Agora, ou amanhã?”
No dia e hora em que se toma a consciência de que o único momento que existe é o Presente, o Eterno Agora, revela-se uma realidade superior, divina, transcendente. Começa uma nova faceta da nossa caminhada em direcção à expansão espiritual.
O único momento que existe é o agora. O passado e o futuro são os apoios do ego. Por isso não se pode estar no presente, enquanto nos identificarmos com a mente. Iluminação significa elevar-se além do pensamento. Viver no AGORA.
Acordemos então para o único momento que existe, o presente.
Por que esperas? Agora é o momento...
Viver no agora significa vivermos o momento presente, a partir da consciência que a vida se dá apenas neste momento de forma inteira, gratuita e com grande resplendor.... Isto nos liberta em grande parte da cargas do passado e das preocupações com o futuro. Embora precisemos fazer planos face ao futuro, não ficamos tão presos e preocupados e não geramos ansiedade nem frustrações. Vivemos mais plenamente o Aqui-Agora, desfrutamos mais da vida neste exacto momento, e isto abre espaço para resgatarmos em nosso interior a felicidade e alegria de viver. Afinal, isto é o que as pessoas mais precisam e querem, e só pode ser encontrado no Aqui-Agora, nunca antes ou depois, ou fora de nós mesmos ou condicionado alguma condição externa. (Muitas vezes nos iludimos achando que uma situação externa nos fará felizes, o que pode até acontecer por um tempo, mas não é uma felicidade profunda e incondicional – esta sim só pode vir de nosso coração a partir de nossa profunda conexão com a Vida que se manifesta no Aqui-Agora.) O viver o Aqui-Agora possibilita nos libertarmos da dependência de outras pessoas ou situações, evita com que façamos chantagens emocionais ou jogos de culpa-vítima, nos livra da prisão ao passado, de julgamentos e leva a vermos o novo a cada momento. Tudo sempre é o novo! Que alegria!O cultivo do Aqui-Agora, algo não muito fácil e pouco conhecido, conduz ao profundo respeito aos outros, apenas desfrutamos deles no Aqui-Agora, não geramos expectativas ou obrigações. Isto é altamente libertador, embora nosso condicionamento e prisão à roda ilusória do passado-presente-futuro possa rejeitar tudo isto através de um processo racional, explicativo e justificativo. Viver o Aqui-Agora é algo profundo e muito subtil captado principalmente em nosso campo intuitivo.

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