domingo, 6 de junho de 2010

UM NOVO CAMINHAR...



...deixar que o universo aja através de nós em todos os momentos. Esta é uma maneira totalmente diferente de viver. Não paramos de tomar decisões e de agir, só que estamos fazendo isso de uma perspectiva diferente.
Nós aprendemos a caminhar na mais completa fé. Se outros projectos são adiados, nós simplesmente estamos cumprindo com a nossa tarefa, reconhecendo que há forças desconhecidas agindo e confiando em que tudo está sendo perfeitamente cronometrado.
A fé é um compromisso de cada momento. Na etapa da entrega, estamos conectados com a vida como um todo e não apenas com uma parte dela. Toda entrega, não importa quanto pequena seja, é um passo importante para aprendermos como tornar possível que o universo actue por nosso intermédio. No início, isso parece ser quase impossível. A vontade do nosso ego já investiu muito na nossa crença de que precisamos controlar as pessoas e os acontecimentos para sobreviver. Além de ser um grande alívio abrir mão desse controle, cada vez que fazemos isso o universo corre para nos apoiar, e isso é melhor do que qualquer coisa que poderíamos manipular para que acontecesse. O próprio acto da entrega libera forças poderosas dentro de nós.
Ao nos entregarmos, descobrimos o poder do eu não sei e até mesmo do não consigo. É então que nos tornamos maleáveis aos ensinamentos. Desconfio que nos apegamos a idéias rígidas e definitivas sobre a natureza da realidade porque abrir mão delas é rasgar as coberturas protectoras e olhar com os olhos nus para dentro de uma expansão sem fim de possibilidades.
A entrega nos liberta para a aceitação de que podemos não ter a menor idéia daquilo que o universo tem em mente.Começamos a ver que, não importa o quanto difícil seja um desafio, em algum lugar por trás disso tudo está o eu que observa, que não só criou a situação mas a está vivenciando e que vai continuar existindo depois que o desafio passar.Quando ocorre uma entrega no nosso ciclo de mudança, sabemos disso. Sem nenhum esforço consciente, os componentes da nossa psique se reorganizam e, repentinamente, nós nos sentimos diferentes, vemos com novos olhos, compreendemos sem forçar nada.Podemos nos surpreender olhando para trás e encarando uma experiência que ocorreu antes da entrega quase como se tivesse acontecido com outra pessoa. Perguntamos a nós mesmos: "Eu realmente pensava assim? Como é que eu não sabia o que sei agora?" Sabemos que aconteceu, respeitamos confiantemente o papel que representou na nossa vida, mas agora nos sentimos cada vez mais desapegados dela.
O repentino "conhecimento" na entrega é semelhante ao ciclo do despertar. A diferença é que, durante o despertar, nós o vemos; durante a entrega, nós nos transformamos nele.Quando nos entregamos à nossa essência, que está conectada com o universo todo, entramos em ressonância com o todo e atraímos para nós tudo o que é necessário.
Uma das descobertas deliciosas que fazemos quando nos rendemos à vontade superior é que, em vez de sermos designados a fazer coisas que não suportamos, somos chamados por Deus para viver a nossa alegria na sua plenitude. Temos a sensação de que tudo está certo quando estamos fazendo aquilo que se espera que façamos.A entrega nos ensina a largar todas as idéias preconcebidas a respeito daquilo que achamos que temos de fazer para sermos felizes. A própria felicidade é redefinida.Parte do processo de abrir mão do controle é abandonar as expectativas. Deus fala connosco de acordo com a nossa maturidade.O acto de deixar as coisas correrem nos leva gradualmente ao desapego.O desapego permite que as pessoas se desenvolvam no seu próprio tempo. Trata-se de uma forma elevada de amor porque ele ama o ser que está por trás do problema e não se fixa no problema.Num estado de espírito desapegado, a percepção é aumentada e o discernimento é mais agudo.



GLORIA KARPINSKI

CARPE DIEM

Sem comentários:

Enviar um comentário