
Uma vez que vivenciamos um despertar, nunca mais somos exactamente os mesmos... Não podemos viver como antes porque não podemos fingir que não vimos uma verdade mais nova e mais elevada. O truque é não criar raízes no ciclo do despertar — ele não é o fim da jornada.
Qualquer verdade recém-descoberta torna-se apenas uma força poderosa quando podemos vê-la trabalhando.
Assim que descemos dessa experiência, geralmente descobrimos que o nosso mundo ainda está do mesma maneira que o deixamos. Se nos quisermos tornar naquilo em que acreditamos agora, temos de assumir um compromisso sério para voltar a treinar todas as partes de nós mesmos.
É necessário muito compromisso para reescrever nossa história porque a antiga forma ainda está firmemente codificada no arquivo do subconsciente.Não nos afundamos em nossos padrões das antigas formas, a menos que decidamos assim.O processo de nos tornarmos na realidade que agora percebemos realiza-se quando fazemos escolhas. Estamos sempre fazendo escolhas, embora nem sempre estejamos conscientes disso. Até mesmo não fazer nada é uma escolha.Ao assumir o nosso poder de escolher conscientemente aquilo que queremos fazer com a nossa energia, nós exercitamos as nossas habilidades espirituais. Não podemos determinar aquilo que outra pessoa vai fazer, mas temos o controle total do modo como vamos reagir. A modelagem de nossas reacções é acentuada pela aprendizagem da diferença entre observar e actuar.Observamos que o mundo está exprimindo a sua confusão quanto à mudança. Podemos decidir actuar com uma imagem de paz.Observamos que alguns de nossos velhos programas ainda estão prosseguindo a toda velocidade. Podemos decidir actuando com a nossa nova visão do despertar.
Nas fases iniciais do processo, os desafios à nossa antiga programação podem fazer com que nos sintamos ameaçados. Mas,aprendemos a observar as nossas reacções.As velhas reacções automáticas tornam-se os detonadores para identificar velhos programas que ainda precisam da nossa atenção. Não é negando isso, mas identificando as velhas respostas que gradualmente redefinimos os programas.
Se por exemplo, ainda explodimos perante certas situações,ficando zangados, fiquemos zangados. É muito melhor ser assim do que ficar doente, engolindo tudo ou nos iludindo através de uma falsa piedade que nega a raiva. Tente dizer: "Tudo bem, eu ainda estou zangado com isso. Então, o que a raiva está me dizendo a respeito da minha auto-imagem? O que eu pretendo fazer com essa raiva? É ela que conduz ou sou eu que vou conduzi-la?" A raiva, afinal das contas, é apenas energia. Ela é aquilo que estamos vivenciando; ela não é aquilo que somos. Uma vez encarada e controlada, a raiva pode ser aproveitada criativamente... A luz não penetra na escuridão resistindo a ela, mas simplesmente sendo ela mesma...
Quando decidimos o que fazer com nossas energias, nós reivindicamos o nosso verdadeiro poder. Começamos a agir e não apenas a reagir.Nós reivindicamos o nosso direito inato de criar, escolhendo as palavras, imagens, desejos e acções que estabelecem novos padrões num nível causal. Não desperdiçamos mais energia arrastando por aí os efeitos de criações anteriores.Um número cada vez maior de pessoas está descobrindo que é melhor não investir energias posicionando-se contra alguma coisa... é muito mais eficaz ser a favor de alguma coisa. Isso nos permite redirigir a energia para a criação de uma nova consciência...É preciso muita disciplina e tenacidade para assumir as visões interiores que já tivemos e fazer com que elas se manifestem.
GLORIA KARPINSKI
CARPE DIEM
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