quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ACEITAÇÃO:




Há uma antiga parábola indiana que fala da não resistência:
Hakuin era um mestre zen que vivia em um vilarejo. Um dia a filha de um homem de casta alta ficou grávida. Seu pai procurou o pai da criança por toda vila e não achando o pretendente, resolveu acusar Hakuin. Ele apontou o dedo na cara do mestre e afirmou – Você é o pai, cuide do seu filho! O mestre estava colhendo ervas em sua horta, levantou o rosto e disse: — está bem, limpando as mãos... Ele não via uma mulher fazia tempo, mas concordou com o fato. O pai da moça entregou a criança recém nascida ao mestre. Ele a segurou nos braços, olhou para ela e sorriu!
Hakuin não tinha grandes posses, mal podia se sustentar. Ele percorria o vilarejo mendigando leite para dar à criança. Enquanto isso, a mãe do bebê não resistiu à agonia de estar longe de seu filho e confessou o nome do pai verdadeiro. O pai da moça correu para Hakuin e lhe pediu perdão de joelhos. O mestre apenas disse: — Está bem... E devolveu a criança.Isso é aceitação.
Tudo o que a vida lhe trazia, Hakuin aceitava, pois ele sabia que não tinha como ser diferente e resistir aos acontecimentos que já haviam nascido. Ele podia mudar a forma de cada evento indo à sua origem; e em sua nascente, moldando a forma como a água deve cair. Esta é a mesma qualidade que tem o espelho, nada é mau ou bom, tudo é divino. Aceite a vida como ela está se apresentando e contente-se com o facto de que se tem o poder de mudar a origem das coisas, mas não os factos já estigmatizados. A felicidade está presente na aceitação.Quando a felicidade tem uma razão de ser, ela não dura muito.Quando a felicidade não tem razão alguma de ser, ela estará presente para sempre!

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