sexta-feira, 19 de março de 2010

Poder de um Paradigma…




O paradigma é como um mapa.Todos nós temos muitos mapas, os quais podem ser divididos em:
- Mapas sobre a interpretação de como as “coisas” são;
-Mapas sobre como consideramos que as “coisas” deveriam ser.
As nossas experiências são interpretadas segundo estes mapas e muitas vezes esquecemos de observar a sua própria adequabilidade. Simplesmente assumimos que a forma como vemos as “coisas” é a forma real ou a forma como deveria ser. As nossas atitudes e comportamentos são desenvolvidos com base nestas duas assumpções, ou seja, a forma como vemos as coisas é a base da forma como agimos e pensamos.
Quando discordamos de alguém pensamos de imediato que existe algum erro no outro, mas muitas das vezes apenas estamos a interpretar um mesmo facto com “lentes” de experiência diferentes. Quanto mais conscientes estivermos dos nossos paradigmas, mapas ou assumpções e o grau em que somos influenciados pela nossa experiência, maior a responsabilidade que podemos ter sobre os nossos paradigmas, maior a capacidade de os examinar, testá-los, ouvir os outros e abrir-nos a novas percepções, permitindo, deste modo, alargar a nossa representação.
Muitas pessoas experienciam uma alteração significativa após uma crise, várias vezes as listas de prioridades são alteradas, iniciam-se novas funções / actividades. De facto, se queremos alterar pequenas coisas nas nossas vidas, alteramos atitudes e comportamentos, mas alterações profundas implicam uma alteração dos
nossos paradigmas.
Albert Einstein disse: Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento que estávamos quando os criámos. O trabalho sobre o conhecimento, competências e desejos pode levar-nos a novos níveis de eficácia pessoal e interpessoal, na medida em que quebramos os velhos paradigmas que podem ter funcionado como uma pseudo segurança durante anos. Por vezes é um processo doloroso, sendo uma mudança que pressupõe inevitavelmente um propósito maior e uma
disponibilidade de subordinar o que se quer hoje ao que se quer mais tarde.
A consciência é o que nos permite ver o nosso próprio paradigma, o qual afecta os nossos comportamentos e atitudes, bem como a forma como vemos as outras pessoas.
As dificuldades criam alterações nos paradigmas, ou seja surgem novas referências sobre como vemos o mundo e os outros e o que a vida nos pede.
Leonardo Boff também no livro A Águia e a Galinha diz que “o caos não é caótico”. Segundo ele, o caos é generativo porque, justamente, gera oportunidades.Para fazer algo a mais é preciso olhar para dentro de nós mesmos, perceber que somos semente, que a verdadeira paz não vamos encontrar no mundo externo, mas deve ser construída no nosso interior.
Nós não somos os nossos sentimentos, nem os nossos humores, nem sequer os nossos pensamentos. O facto de pensarmos sobre isso é o que nos distingue do Reino animal. A consciência é o que nos permite ver o nosso próprio paradigma, o qual afecta os nossos comportamentos e atitudes, bem como a forma como vemos as outras pessoas.
Até que possamos ter consciência de nós próprios seremos sempre limitados na nossa capacidade de compreender os outros, o que restringe o nosso potencial enquanto pessoa.

Adaptado- Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes- Stephen Covey

CARPE DIEM

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