terça-feira, 2 de março de 2010

Meditação...



Na meditação, colocas-te num estado de preparação para experienciares a percepção total, enquanto o teu corpo está no estado desperto. Esse estado de preparação chama-se a verdadeira vigília. Não tens de estar sentado em meditação para o experienciares. A meditação é apenas um meio, um “instrumento”, como tu dizes. Mas não tens de estar sentado a meditar para o experienciares.Também precisas de saber que a meditação sentada não é o único tipo de meditação que existe. Existe também a meditação parada. A meditação a andar. A meditação a fazer. A meditação sexual.Esse é o estado de verdadeira vigília.
Quando chegares a esse estado, pára simplesmente, interrompe o teu caminho, pára de fazer o que estiveres a fazer, limita-te a parar por um momento, e limita-te a “estar” exactamente aonde estás, e estarás certo, exactamente onde estiveres. Parar, mesmo que só um momento, pode ser uma benção. Olha-se à volta, lentamente, e repara-se em coisas em que não se tinha reparado ao passar por elas. O forte aroma da terra depois de chover. O anel de cabelo sobre a orelha esquerda da tua amada. Como é bom ver uma criança a brincar.
Não é preciso sair do corpo para o experienciar.
Este é o estado de verdadeira vigília.
Quando se caminha neste estado, respira-se cada flor, voa-se cada pássaro, sente-se cada estalido sob os pés. Descobre-se a beleza e a sabedoria. Porque se descobre sabedoria onde quer que se forme beleza. E a beleza forma-se em toda a parte, de toda a matéria da vida. Não tens de a procurar. Ela virá ter contigo.
Não é preciso sair do corpo para a experienciar.
É este o estado de verdadeira vigília.
Quando “fazes” neste estado, transformas o que quer que estejas a fazer em meditação e, em consequência, numa dádiva, numa oferenda, de ti para a tua alma, e da tua alma para O Todo. Ao lavar a louça, desfrutas do calor da água a acariciar-te as mãos e ficas maravilhado tanto com a água como com o calor. A trabalhar com o teu computador, vês as palavras surgirem no écran à tua frente correspondendo à ordem dos teus dedos, e divertes-te com o poder da mente e do corpo, quando submetidos às tuas ordens. A preparar o jantar, sentes o amor do Universo que te trouxe aquele alimento, e como retribuição colocas, no cozinhar daquela refeição, todo o teu amor do teu ser. Tanto faz que a refeição seja extravagante ou simples. Uma sopa pode ficar deliciosa por amor.
Não é preciso sair do corpo para o experienciar.
É este o estado de verdadeira vigília.
Quando experiencias uma troca de energia sexual neste estado, conheces a suprema verdade de Quem Tu És. O coração da tua amante torna-se o teu lar. O corpo da tua amante torna-se o teu. A tua alma deixa de se imaginar separada de tudo.
Não é preciso sair do corpo para o experienciar.
É este o estado de verdadeira vigília.
Quando estás pronto, estás acordado. Um sorriso pode fazer-te lá chegar. Um simples sorriso. Pára tudo por um momento e sorri. Para nada. Só porque é bom. Só porque o teu coração sabe um segredo. E porque a tua alma sabe qual é o segredo. Sorri por isso. Sorri muito. Curará todos os teus males.
Pedes-me instrumentos, e Eu estou a dar-tos.
Respira. Esse é outro instrumento. Respira bem fundo. Respira lenta e suavemente. Aspira o suave e doce nada da vida, tão cheio de energia, tão cheio de amor. É o amor de Deus que respiras. Respira profundamente e senti-lo-ás. Respira muito, muito profundamente, e o amor far-te-á chorar.
De alegria.
Porque encontraste o teu Deus, e o teu Deus apresentou-te à tua alma.
Depois dessa experiência, a vida nunca mais é a mesma.
As pessoas falam de terem “estado no cimo da montanha” ou de terem entrado num êxtase sublime.
O seu ser muda para sempre.

Conversas com Deus 3
Neale Donald Walsch
CARPE DIEM

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